domingo, 11 de julho de 2010

A energia que sopra em alto mar.

Nós temos alternativas e alternativas limpas.
Já se pode perceber que cada local do planeta tem sua aptidão para produzir energia. Sejam elas: hídrica, térmica, nuclear, geotérmica, eólica, marés e fotovoltaica.
O Sul do Brasil tem tudo para produzir energia eólica. Estamos em 2010, ano de transformações e de consciência coletiva ambiental equilibrada. Somos sabedores de nossas dependências de consumo e estamos dispostos a deixar entrar o que for melhor para o todo.
Estamos prontos para investir em qualidade com responsabilidade. A indústria naval brasileira deve seguir este caminho, das plataformas aos gigantescos cata-ventos.
E pensar que o homem jamais sonharia com isso...

Segue matéria do Site O ECO em 2009. Por Cristiane Prizibisczki
Em breve postarei o que rendeu até 2010.



Quem já andou pelas praias do Sul e Sudeste sabe o quanto venta por lá. Fortes e constantes, os ventos desta região não servem só para despentear os cabelos dos banhistas, mas também para gerar energia. Isto é o que mostra um estudo realizado na Universidade de Delaware, na costa leste dos Estados Unidos. Capitaneado pelo pesquisador brasileiro Felipe Pimenta, é a primeira pesquisa no mundo a avaliar o potencial dos ventos oceânicos brasileiros para geração de energia. O trabalho é apenas uma avaliação preliminar desta alternativa energética, mas pode ser considerado um passo em direção à exploração offshore (fora da costa).

Segundo o último levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui 31 usinas eólicas em operação e nove em construção. Outras 50 ainda não saíram do papel, mas já foram outorgadas. Todas dentro do território.
Diante deste quadro, o oceanógrafo Felipe Pimenta, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/Ministério da Educação) em De laware, tentou encontrar novas fontes de energia para o país, fora do continente. “Sabia, por experiência própria, que os ventos eram fortes e persistentes na Região Sul”, disse o pesquisador a O Eco. A idéia de Pimenta foi fomentada, entre outros motivos, pela simples constatação de que as regiões densamente povoadas, onde é necessário mais energia, tendem a ficar perto da costa, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Assim, era quase lógico que seria uma boa alternativa a construção de usinas em alto mar.

No entanto, o pesquisador esbarrou logo de cara em um detalhe operacional imprescindível para a realização do trabalho. Enquanto os Estados Unidos têm um conjunto de grandes bóias de acompanhamento dos ventos em suas águas costeiras, inclusive na Baía de Delaware, no Brasil ele só poderia contar com dados das únicas duas bóias existentes na costa sul e sudeste do país, controladas pela Marinha e Petrobras. A solução foi usar imagens de satélite da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) que acompanha a velocidade dos ventos em todo o mundo, fazendo medições a 10 metros da superfície dos oceanos. O que Pimenta fez foi extrapolar as velocidades para 80 a 100 metros de altitude, onde costumam ficar os cata-ventos das usinas eólicas. Assim, calculou a quantidade de energia que seria produzida e identificou as médias destas medições para obter uma estimativa de produção durante todo o ano. “O trabalho levou aproximadamente dois anos. Tivemos algumas etapas tentando assimilar outras formas de dados complementares aos dados das bóias meteorológicas. No final, os dados de satélite foram os mais úteis”, explicou. A conclusão a que Pimenta chegou foi a de que as costas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina seriam as mais viáveis para a instalação de usinas eólicas offshore no país. Para o Sudeste, as regiões de Cabo Frio e Espírito Santo são as mais promissoras.
Distribuição geral dos ventos indica potencial
offshore na região sul do país.
(Fonte: Centro de referência para Energia Solar e Eólica Cresesb)

2 comentários:

  1. Sem falar no uso da energia eólica para propelir navios, como o SkySail, Turbosail e o rotor Flettner, que podem ajudar a diminuir o consumo de combustível.

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  2. O Skysail é muito doido né, viu no meu orkut? Já percebeu como nós já usavamos todos os recursos, porém em menor escala... O homem como sempre tem tudo na frente do nariz, mas precisa quebrar a cara pra aprender... O vento sempre existiu ou eu to perdida... É, basta olhar pra trás...

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